FRASES QUE MARCAM

“Assim como as paixões, violentas ou não, jamais devem ser expressas de forma a produzir asco, a música ainda que nas situações mais terríveis, nunca deve ofender o ouvido, mas agradar; continuar a ser música enfim” (Wolfgang Amadeus Mozart).

quarta-feira, 17 de abril de 2013

A MEDIDA DO AMOR DE DEUS


TEXTO: João 3.14-18

14. E como Moisés levantou a serpente no deserto, assim importa que o Filho do homem seja levantado; 15. para que todo aquele que nele crê tenha a vida eterna.
16. Porque Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho Unigênito, para que todo aquele que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna.
17. Porque Deus enviou o seu Filho ao mundo, não para que julgasse o mundo, mas para que o mundo fosse salvo por ele.
18. Quem crê nele não é julgado; mas quem não crê, já está julgado; porquanto não crê no nome do unigênito Filho de Deus.

INTRODUÇÃO

 No evangelho de João encontramos o texto considerado por muitos como o texto áureo da Bíblia. João 3:16 é uma espécie de resumo daquilo que Deus planejou para nós na pessoa de Jesus; alguém o descreveu como “o evangelho numa casca de noz”, ou seja, o evangelho contido em poucas palavras.
Max Lucado fez a seguinte declaração sobre este versículo: João 3.16 é simples o bastante para não discutirmos, é grande o bastante para não entendermos, mas é profundo o bastante para nos explicar o maior e mais sublime plano de Deus para as nossas vidas.

QUAL A MEDIDA DO AMOR DE DEUS? (v. 16)

Muitos enfatizam o “de tal maneira” (no grego: assim, deste modo, a tal ponto, desta maneira), explicando que o amor de Deus é tão grande que muitas vezes não podemos mensurá-lo, o que não deixa de ser verdade, mas os versículos 14 e 15 apresentam um paralelismo com o versículo 16, ou seja, a ideia trabalhada no versículo 16 é a mesma trabalhada nos versículos 14 e 15, assim, podemos concluir que a medida do amor de Deus é a sua permissão ao sofrimento de Jesus Cristo, levando-o a ser levantado na cruz do calvário: assim importa que o Filho do homem seja levantado (v.14);
Vejamos o que diz Isaías 53.10: Todavia, ao Senhor agradou moê-lo, fazendo-o enfermar; quando der ele a sua alma como oferta pelo pecado, verá a sua posteridade, prolongará os seus dias, e a vontade do Senhor prosperará nas suas mãos.
Vejamos ainda 1 João 4:10-11: 10. Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou a nós, e enviou seu Filho como propiciação (sacrifício) pelos nossos pecados. 11.  Amados se Deus de tal maneira (assim, desta maneira) nos amou, devemos nós também amar uns aos outros.
 Não é maravilhoso saber que Deus permitiu, e ainda lhe foi agradável, permitir o sofrimento do seu Filho, para garantir o perdão dos nossos pecados e a vida eterna.

A SERPENTE É UM O TIPO DE CRISTO (v.14-15).

A serpente de bronze sendo levantada em um poste no meio do acampamento de Israel é um tipo do Cristo, uma figura do Filho de Deus, que seria levantado na cruz. “Ser levantado(hypsoo) denota tanto ser levantado no espaço, como ser exaltado na gloria. Em João, o filho de Deus é glorificado sendo crucificado (8.28;12.23,32), a cruz onde ele foi erguido transformou-se na escada pela qual subiu a presença de Deus (João 1.51).
            Não havia poder terapêutico na serpente de bronze no deserto, tanto é, que quando os israelitas começaram a adorá-la o rei Ezequias a quebrou em pedaços (2 Reis 18.4). Foi a graça salvadora de Deus que curou os israelitas mordidos ao crerem e obedecerem à sua ordem. A máxima está na atitude de ouvir a ordem, crer e obedecer.
No filho de Deus que foi erguido, porém, há um poder terapêutico infinito, muito maior do que qualquer coisa experimentada pelos israelitas no deserto. Estes foram curados de uma doença física recebendo mais dias de vida sobre a terra. O Filho de Deus, porém, cura as enfermidades espirituais e garante vida eterna àqueles que olham para ele com fé. Os que põem a sua fé no Filho de Deus, Jesus, são resgatados da destruição e abençoados com a vida verdadeira, vida com abundancia (João10.10).
No Novo Testamento aparecem duas palavras no original grego para a palavra vida: zoê que significa vida eterna, vida da ressurreição; união com alguém que já ressuscitou; vida espiritual de libertação das penalidades próprias do pecado; é a própria vida de Deus que está no verbo eterno (a vida estava nele) e por ele é transmitida a todos os crentes e bios a qual significa vida, subsistência, manutenção, mercadoria, substância, víveres, sustento para viver bem (Marcos 12.44; 1 Pedro 4.2).  No texto objeto desse estudo encontramos a palavra zoê.
            O verbo deu está na 3ª pessoa singular do tempo verbal aoristo (exclusivo no grego), que é um indicativo ativo, e nos mostra que Deus deu seu Filho para nos dar vida e continua nos dando. Esse tempo verbal indica um ato continuo, no caso aqui em João 3.15-16 é um ato continuo de doação.

O FILHO DE DEUS/FILHO DO HOMEM É JESUS

João Batista testificou que o Filho de Deus é Jesus (João 1.32,34), aquele que andou entre as pessoas, de quem os fariseus disseram: “Donde lhe vem esta sabedoria, e estes poderes milagrosos? Não é este o filho do carpinteiro? e não se chama sua mãe Maria, e seus irmãos Tiago, José, Simão, e Judas? E não estão entre nós todas as suas irmãs? Donde lhe vem, pois, tudo isto?” (Mateus 13.54-56).
Assim, Jesus sendo o Filho de Deus e tendo sido levantado na cruz do calvário se tornou o nosso Salvador (João 4.42). Ele é o caminho, a verdade e a vida (João 14.6), o Senhor e Cristo (Atos 2.36); Maravilhoso conselheiro, Deus forte, Pai da eternidade e príncipe da Paz (Isaías 9.6).
João apresenta Jesus como o Verbo (Logos), por causa da atitude de alguns filósofos da época os quais entendiam que o logos estava no princípio, para eles o logos era uma força ativa. João mostra que a divindade em quem os filósofos criam é um Deus pessoal e relacional: as expressões de João 1.1: “estava com Deus”, dá a ideia de unidade, estar junto, a mesma força e autoridade e “era Deus mostra que Jesus é preexistente, ele é Deus, a fonte e a razão de tudo existir.
Através do grande amor de Deus revelado a nós seu Filho se tornou o nosso mediador eficaz. Assim o amor de Deus: não faz acepção de pessoas (Mateus 5.43-45); não procura circunstância (Lucas 23.42,43); é sem medida (Lucas 23.34); nos elegeu (1 João 3.1); nos trouxe a fé (1 João 4.19); dá a vida eterna (João 3.16).
O evangelho da salvação e da vida tem sua origem no amor de Deus.

JESUS VEIO PARA SALVAR E NÃO PARA JULGAR (v 17-18).

A pessoa que despreza Cristo julga a si mesmo e não a Cristo, ela não precisa esperar até o dia do julgamento, o veredito sobre ele já foi pronunciado. Sem duvida haverá um dia de julgamento final (João 5.26-29), mas que servirá somente para confirmar o julgamento decidido (já está condenado).
O verso 18 deixa claro que Jesus, como Filho de Deus, é o marco definitivo que divide o mundo em os crentes e os incrédulos.


Obs. Estudo originado a partir de uma atividade realizada na aula de Grego, com a professora Rosa.


Umbelina Rodrigues de Sousa
- Estudante de Teologia -


"Louvarei ao Senhor porquanto me tem feito muito bem" (Salmo 13.6)

4 comentários:

  1. Parabéns pelo blog, irmã Umbelina. Mensagens edificantes. Que a potente mão do Senhor esteja contigo !!!

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Obrigada irmão pelo incentivo. Que Deus me guie a escrever de acordo com os princípios bíblicos e que abençoe você e todos os seus propósitos.

      Excluir
  2. Muito obrigada meu irmão pelas palavras. Meu blog é feito sim com carinho mas principalmente com temor e tremor pois desejo sempre proclamar com fidelidade a verdade bíblica.
    Que Deus me ajude sempre nesse intento.

    ResponderExcluir
  3. Obrigada pelas palavras de incentivo. Meu desejo é sempre proclamar o evangelho de Jesus Cristo e glorificar somente a Deus. Que Deus a abençoes grandemente.

    ResponderExcluir