TEXTO BÍBLICO: SALMO 99.6-9
7. Na coluna de nuvem lhes falava; eles
guardaram os seus testemunhos, e os estatutos que lhes dera.
INTRODUÇÃO
Este salmo pode ser chamado de O SANTÍSSIMO, ou seja, O SALMO
SANTO, SANTO, SANTO, pois a palavra "santo" é a conclusão e o refrão
de suas três divisões principais. Seu assunto é a santidade do governo divino, a santidade do reinado do Mediador.
Declara a santidade
do próprio Jeová em Sl 99.1-3; descreve
o próprio Senhor como sendo o rei,
em Sl 99.4-5, e, apresenta o caráter severamente justo dos tratos de Deus com
aquelas pessoas favorecidas que em tempos anteriores ele havia escolhido para
se aproximarem dele em favor do povo, Sl 99.6-9.
É um hino que bem serve aos santos que habitam em Sião, a cidade
santa, e especialmente digno de ser cantado reverentemente por todos que, como
Davi o rei, Moisés o portador da lei, Aarão o sacerdote, ou Samuel o vidente,
têm a honra de liderar a igreja de Deus, e implorar por ela junto ao Senhor
dela.
Moises, Arão e Samuel não são mencionados como privilegiados, mas
como típicos daqueles entre os quais eles serviam. O salmo os usa para
exemplificar a caminhada da pessoa com Deus, que se constitui em:
1. Orar e receber repostas (V. 6)
A principal marca do povo de Deus é o seu relacionamento com Ele
por meio da oração. Moises Arão e Samuel são figuras notáveis que, deram bom
exemplo, ao invocar o nome de Deus. Para eles Deus era suficiente.
Moises, Arão e Samuel sempre obtiveram atenção de Deus e isso foi
universalizado. Moises invocou o nome do Senhor (Ex. 32.11,32), assim como Arão
(Nm. 16.22) e Samuel (I Sm 7.9; 12.18), e Deus respondeu a todos eles.
Esses homens são apresentados como exemplo encorajador de orações
respondidas e revelações concedidas.
E Deus respondeu a todo
o seu povo, mais cedo ou mais tarde, de uma maneira ou de outra, o que não é um
pequeno encorajamento para todos os crentes orarem a Ele (John Gill).
2. Ouvir e obedecer (v 7).
O povo do Senhor vive pela verdade sobrenatural,
a Palavra de Deus. Moises Arão e Samuel são apontados como exemplo de
obediência a lei que Deus havia dado a Israel, referida aqui, pelas palavras
“mandamento” e “lei”.
Essa dádiva da lei foi dada foi também um ato providencial de Deus
aos homens de todos os lugares. Mais tarde a graça divina substituiria a lei, que também
seria universal em sua aplicação.
3. Receber o perdão e o castigo de Deus (v 8).
Mesmo sendo obediente, vemos aqui
que esses homens tinham “fraquezas humanas como as nossas” (Tg. 5.17).
Deus respondeu ao povo de Israel quando ele o invocou em oração.
Ele também perdoou quando errou, pois até os heróis da fé erraram, pois eles
eram apenas homens, sujeito a pecados de comissão e de omissão. Mas esses
pecados e fracassos não cessaram a providencia de Deus, nem naqueles dias (Nm.
14.17-24), nem agora.
Arão e Moises pecaram (Ex. 32.35; Nm. 20.12; Dt. 2.23-27; 9.20).
Não há registros de erro de Samuel, mas esse silêncio não significa que ele não
errou. Assim, eles tiveram de sofrer seus castigos, pois a lei da semeadura é
universal e não admite exceções. Esses castigos tinham por finalidade curar e
não meramente cobrar um pagamento ou executar uma vingança. O senhor castigava,
mas não consumia, prova da bondade de Deus com seu povo.
A vingança de Deus por pecado não evita que ele perdoe o pecado; o
fato de Deus perdoar o pecado não evita de ele se vingar pelo pecado (Stephen
Bridge). Nossos erros e lapsos trágicos podem ser perdoados, porém não
desfeitos (Nm. 20.12)
Nota-se a distinção entre o sanar dos relacionamentos (fostes para eles Deus
perdoador), e o castigo das ações (tomando vingança dos seus feitos). Devemos
esperar pelos atos castigadores de Deus, mas também podemos depender do seu
amor constante, em todas as situações. O julgamento divino é um dedo da amorosa
mão de Deus. O desprazer de Deus em nosso pecados é paternal e não caprichoso e
egoísta.
Deus aplica perdão, mas aplica castigo severo, porque perdão sem
castigo nos faria complacentes, e castigo sem perdão nos levaria ao desespero.
Perdão sem disciplina nos transformaria em crianças mimadas; disciplina sem
perdão partiria o nosso coração.
Juntos os dois garantem que, embora possamos considerar o perdão
como certo, não podemos jamais tratar o pecado como algo sem importância. A
lição negativa reforça a positiva, e é dupla: nem se deve desesperar da
misericórdia de Deus, nem abusar dela.
4. Louvar a Deus pelo perdão e pelo castigo
(v 9)
A frase que forma o lema do Salmo:
ele é santo (3, 5) agora se expande e recebe calor dizendo: por que santo é o
Senhor nosso Deus! A majestade não foi diminuída, mas agora a
ultima palavra revela a intimidade.
Deus não se envergonha de ser chamado
nosso; temos justas e merecidas razões para adorá-lo, pois Ele nos perdoa e nos justifica pelo sangue de
Cristo e "o Senhor corrige o que ama, e açoita a qualquer que
recebe por filho. Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos;
porque, que filho há a quem o pai não corrija?" (Hb 12.6-7)
Umbelina Rodrigues
Estou a tentar visitar todos os seguidores do Peregrino E Servo, e verifiquei que eu estava a seguir sem foto, por motivo de uma acção do google, tive de voltar a seguir, com outra foto. Aproveito para deixar um fraterno abraço.
ResponderExcluirAntónio Jesus Batalha.