FRASES QUE MARCAM

“Assim como as paixões, violentas ou não, jamais devem ser expressas de forma a produzir asco, a música ainda que nas situações mais terríveis, nunca deve ofender o ouvido, mas agradar; continuar a ser música enfim” (Wolfgang Amadeus Mozart).

quinta-feira, 7 de junho de 2012

CONFIANÇA EM TEMPOS DE TRIBULAÇÃO

Estudo baseado no salmo 11

SALMO 11

1 No Senhor confio. Como, pois, me dizeis: Foge para o monte, como um pássaro?
2 Pois eis que os ímpios armam o arco, põem a sua flecha na corda, para atirarem, às ocultas, aos retos de coração.
3 Quando os fundamentos são destruídos, que pode fazer o justo?
4 O Senhor está no seu santo templo, o trono do Senhor está nos céus; os seus olhos contemplam, as suas pálpebras provam os filhos dos homens.
5 O Senhor prova o justo e o ímpio; a sua alma odeia ao que ama a violência.
6 Sobre os ímpios fará chover brasas de fogo e enxofre; um vento abrasador será a porção do seu copo.
7 Porque o Senhor é justo; ele ama a justiça; os retos, pois, verão o seu rosto.

Introdução

O que se pode fazer quando há um sério colapso na lei e na ordem, quando não parece haver nenhuma possibilidade de obter justiça? A quem se pode recorrer? O salmista Davi certa vez viu-se confrontado com tal situação. Ele depositou plena confiança no Altíssimo, dizendo: “No Senhor confio” (Sl. 11:1a) Mas, era isso prático? A melhor decisão a tomar é fugir?Alguns achavam que não.
Algumas vezes enfrentamos situações que achamos impossíveis de enfrentar. Fugir, abandonar o projeto, procurar uma mudança de atmosfera são ideias que sobem a nossa mente. Fugir pode ser algumas vezes, a solução correta, mas não com tanta frequência assim. Muitas vezes: “você precisa não de uma mudança de ares, mas sim, de uma mudança de coração”, conforme disse Sêneca .
O salmo 11 é um salmo de confiança, muitos dos salmos são essencialmente isso, e a maioria deles termina em um cântico de louvor, pelo livramento dado ou já a caminho e este salmo segue este padrão familiar. Este é um salmo que advém diretamente de uma crise, foi escrito em um momento difícil na vida de Davi. Começa com uma resposta corajosa a um conselho desmoralizador, e depois mostra a verdadeira escala e padrão de eventos.
O tema da confiança em Deus, mesmo em presença do perigo, é o mesmo que caracterizou o Salmo 7 e é um tópico frequente no Saltério (ver, por exemplo, 23; 27; 34). Este salmo mostra a atitude de Davi quando alguns amigos o aconselharam a fugir da inveja de Saul mesmo antes da terceira e mais séria tentativa contra a sua vida (ver I Sm 18.11; 19.10).
O corpo do Salmo, isto é, os versos 1b-6, expressa dois pontos de vista diferentes; a conclusão do Salmista é dada no verso 7 e a sua afirmação pessoal de fé é feita no início (1a).

Elucidação

O pano de fundo que ilumina este Salmo é o de 1 Samuel 18.8-19.7. A vida de Davi estava em perigo diariamente, o rei Saul estava com ciúmes de Davi, por causa do resultado imediato da luta de Davi contra Golias que o levou a conquistar um lugar elevado sobre as tropas do exercito de Saul. Os sucessos e a popularidade de Davi lhe renderam o potencial de se tornar rival de Saul, os temores de Saul estavam mal direcionados, mas não eram irracionais.
O ciúme de Saul logo se manifestou concretamente, pois de varias maneiras tentou provocar a morte da Davi. É interessante o motivo para o temor que Saul (v.12) sentia de Davi. Saul via que o Senhor era com Davi; em outras palavras via que ele era bem sucedido em tudo que fazia. Por isso Saul planeja para a morte de Davi.
Mas uma vez que era verdade que o SENHOR era com Davi em tudo (v.28), os planos de Saul estavam fadados ao fracasso. Do ponto de vista de Saul, a situação foi ficando cada vez pior, seu jovem rival não apenas sobreviveu como também cresceu a sua reputação. A esperança de que Davi morresse em combate tinha sido frustrada de modo que ele convidou seus empregados para matar Davi. Nessa situação Saul se mostra cada vez mais negativamente. Em contraste Davi não faz nada para prejudicar ou trair Saul. Assim, podemos aprender com a titude de Davi que:

Proposição: A Confiança em Deus é a única saída em tempos de tribulação.

Sentença de Transição: O salmo 11 nos mostra três razões porque a confiança em Deus é a única saída em tempos de tribulação.


1. A primeira razão é: A proteção do Senhor (v. 1-3)

1.  No Senhor confio. Como, pois, me dizeis: Foge para o monte, como um pássaro?
2. Pois eis que os ímpios armam o arco, põem a sua flecha na corda, para atirarem, às ocultas, aos retos de coração.  3. Quando os fundamentos são destruídos, que pode fazer o justo?

Muitos aconselharam Davi e seus companheiros a fugir para os montes, refugiando-se talvez numa caverna e depressa, assim como o pássaro quando está em perigo. Por que é que certos homens deram tal conselho a Davi? Eles perceberam em dois motivos para tal conselho: 1° - “Pois, eis que os próprios iníquos estão entesando o arco, preparam deveras a sua flecha sobre a corda do arco para atirar nas trevas contra os que são retos no coração. E 2° - Quando os próprios alicerces (regras básicas que organizam a sociedade) estão derrubados, que tem de fazer o justo?” (vv. 2 e 3). 

Na realidade, os conselheiros de Davi podiam argumentar mais: ‘Os alicerces em que a sociedade repousa - justiça, lei e ordem - foram derrubados. Portanto, que escolha tem o justo senão fugir? Ele não pode alterar a situação; não pode obter tratamento justo. Não deixa de ser tentador diante do assassino ou caluniador (v.2) e da insegurança social e da anarquia seguir esse conselho. Davi devia poupar a sua vida, pois era a esperança para um povo desacreditado.
O verso 2 baseia-se numa tentativa real para matar Davi com um dardo de arremesso, mas a frase armam o arco é muitas vezes usada com referência a um ataque hostil por meio da ação ou da palavra (cf. Sl 7.12; Sl 37.14; Jr 9.3).  No verso 3, o argumento é fortalecido por meio de um apelo a considerações gerais: "Onde quer que os fundamentos da sociedade se encontrem minados e destruídos pela ação de reis e conselheiros que ignoram a honra e a justiça, o que têm feito os homens bons e justos a fim de evitar tal colapso?"
O conselho para fugir tem fundamento (Mt.16.22; At. 21.12), por causa do perigo real (v.2); e porque a total instabilidade torna impossível manter um curso seguro. Segundo eles, os iníquos tinham o arco pronto para atirar contra os justos, fazendo-o “nas trevas”, sob a cobertura da escuridão não estavam apenas segurando o arco, mas já tinham a flecha no arco, apontada contra os retos no coração.
Davi, entretanto afirma que o caminho da confiança é contrario ao argumento da fuga. O salmista não quis ouvir o conselho, porque as circunstâncias da ocasião eram tais que essa fuga teria indicado falta de fé em Deus, como provisor de segurança, o argumento em defesa da confiança é sólido.

Ele disse aos seus conselheiros: No SENHOR confio (ou me refugio). Como vos atreveis a dizer à minha alma: ‘Foge como o pássaro para o vosso [no plural, referindo-se a Davi e seus companheiros] monte!’ (Sal. 11:1). As palavras No SENHOR são enfáticas. Como Ele é digno de confiança, a atitude mais lógica da vida é confiar, e confiar que a providencia vem do Senhor. Esta é a segunda razão pela qual a confiança em Deus é a única saída.

2. A segunda razão é: A Providência do Senhor (v. 4-6)

4. O Senhor está no seu santo templo, o trono do Senhor está nos céus; os seus olhos contemplam, as suas pálpebras provam os filhos dos homens.  5. O Senhor prova o justo e o ímpio; a sua alma odeia ao que ama a violência. 6.  Sobre os ímpios fará chover brasas de fogo e enxofre; um vento abrasador será a porção do seu copo.

É importante lembar que confiança não garante uma vida de tranquilidade e bem estar. Ao contrario, ela traz provações para o justo, o que está correto diante de Deus (5a), mas o que ama a violência encontra oposição (5b, 6). Mas, Davi tinha certeza de que não seria em vão recorrer a Deus como seu refúgio. Ele se dava conta de que o Altíssimo, Aquele que tem seu trono nos mais altos céus, está observando.
Os olhos de Deus penetram no âmago das coisas. Visto que os olhos de Deus estão sobre os justos, ele sabe do que estes precisam, e, portanto, pode socorrê-los. Por outro lado, o Altíssimo odeia homens de violência, e, assim, serem examinados por ele torna certa a calamidade deles.  Forçosamente virá o tempo em que os iníquos serão obrigados a tomar a poção mortífera dos julgamentos de Deus, comparável a armadilhas, fogo e enxofre (Gn 19.24) que faz murchar a vegetação. Não haverá escape da execução dos julgamentos de Deus.
Acima e contra o perigo dos acontecimentos correntes e a aparente ineficácia da inocência (2c) e da justiça (3b) encontra-se a suprema e vigilante santidade de Deus. Sua soberania pode parecer demorada para agir, mas é eficaz e segura.
Aquele cuja habitação é o Céu, e cuja autoridade está entronizada sobre todos, está, sem cessar, a escrutinar o comportamento de todos os homens (cf. Sl 33.13-18; Sl 94.9) como lemos no Salmo 139 e a submeter os piedosos a várias provas experimentais (Tg 1.12).  Ele não reage de modo incerto ao que vê: sobre os piedosos Ele estende a Sua presença protetora; sobre os ímpios, cujos atos Lhe são repugnantes, Ele envia os desastres de calamidades naturais (cf. Gn 19.24; Sl 18.7-14).
Assim, como o próprio Deus é justo e ama atos justos, os retos obterão uma grandiosa salvação, obterão assim o favor do Senhor

3. A terceira razão é: O favor do Senhor (v. 7)

7. Porque o Senhor é justo; ele ama a justiça; os retos, pois, verão o seu rosto.

A fé tem três facetas: a fé que foge em busca de segurança (v. 1); a fé que aceita as provações da vida como propósito de Senhor (v. 5a) e a fé que espera um resultado abençoado. Para os justos as provas de Deus são o caminho que os conduz até sua presença imediata (v. 7).
Verão o seu rosto (7b) significa ver o Senhor “levantar a face”, isto é, aceitar alguém com favor em sua presença. Será como se a face de Deus estivesse virada para eles, numa expressão de amor e aprovação. Verão assim a face de Deus como aqueles que usufruem sua bênção e seu favor.

Conclusão

O salmo termina como começou, com o Senhor, cuja justiça é a resposta aos medos (v. 3a) e frustrações (v. 3b). Se a primeira linha do salmo mostrou onde há segurança do que crê, a última mostra onde deve estar seu coração. Deus pode ser procurado como refúgio com interesses egoístas, mas contemplar a face só será possível para quem o ama.
Podemos perante estes dois aspectos diferentes da vida, fugir ou confiar, o salmista não hesita em adotar o último e em se entregar Àquele Senhor que está sempre vigilante e que ama os que buscam a justiça. Num contraste absoluto com os dias alvoroçados de luta e de incerteza de vida no meio de uma corte enganosa, o coração que firme e perseverantemente confia no Senhor, depois de ser provado (5) terá paz na Sua presença. (Cf. Ap 22.4).
Mesmo encarando as armadilhas dos ímpios, Davi confia no SENHOR, ele se recusa a fugir para os montes como um pássaro, preferindo achar refugio em Deus. Esta confiança é posta no Deus santo, onisciente e justo. Ele ve tudo (4), julga todos (5), rejeita e castiga os ímpios (5-6) e acolhe os retos (7).

Aplicação

As palavras do salmista podem ser fonte de verdadeiro consolo para nós, em tempos de dificuldade. Naturalmente, há ocasiões em que é sábio que fujamos do perigo, assim como fez Davi, quando deixou Jerusalém por causa da revolta de Absalão. (2 Sam. 15:14). Até mesmo Jesus Cristo mandou aos seus seguidores: “Quando vos perseguirem numa cidade, fugi para outra.” (Mat. 10:23).
As forças do mal prevalecem com muita frequência. São homens armados de pistola e, esses usualmente prevalecem; mas também existe o fator Divino que não devemos jamais negligenciar. Que podemos fazer exceto o que nós mesmos fazemos à base da misericórdia de Deus. Quais homens não invocam a Deus, quando se acham em uma situação desesperadora. As expressões do salmista animam-nos a evitar agir de modo precipitado, o que mostraria falta de fé em Deus. Continuarmos a recorrer ao Altíssimo como nosso refúgio nos assegurará a sua aprovação. Ele não nos falhará com a sua ajuda (Rm. 8:38, 39). 

Umbelina Rodrigues de Sousa

ANÁLISE DO FILME JOHN HUS


SEMINÁRIO TEOLÓGICO DO BETEL BRASILEIRO E AÇÃO EVANGÉLICA
SUPERIOR EM TEOLOGIA
DEISCIPLINA: Filosofia Cristã
PROFESSORA: Pr. Jeremias
ALUNA: Umbelina Rodrigues de Sousa

ANÁLISE DO FILME JOHN HUS


JOHN HUS - Uma Semente da Reforma –

Atualmente o conceito de “certo” e “errado” vai desaparecendo da sociedade, mas contrapondo-se a este ensino temos as palavras de Jesus “... a tua palavra é a verdade” (Jo 17.17). Foi a essa Verdade a que John Hus se submeteu. Em sua época, havia uma “verdade” oficial e inquestionável – a verdade da Igreja Católica Apostólica Romana. No entanto, John Hus, conhecendo a legítima Verdade não se calou e fez com que muitos homens e mulheres tivessem acesso à verdadeira libertação dada por Jesus.
John Hus, erudito clérigo alemão, viveu cem anos antes de Martinho Lutero e da reforma protestante. Ele estava convencido da necessidade de apresentar a Bíblia na língua do povo, acreditava que salvação vem só pela fé em Jesus Cristo e que só a Bíblia é a Palavra de Deus. Hus ensinou isso abertamente na Universidade de Praga e à sua igreja, e alertava para os abusos do Cristianismo da sua geração. Em vez da missa em latim, Hus introduziu várias mudanças como o cântico de hinos pelo povo, introduziu na igreja textos na “linguagem comum” como chamava a liderança da igreja católica, com isso provocou a ira da hierarquia da igreja.  
Sua preocupação era agradar a Deus com uma vida santa e promover ensino consistente e boa alimentação espiritual ao povo. Criticava duramente os líderes da Igreja por usarem seus ofícios em benefício próprio, vivendo no conforto e na imoralidade. Para Hus, a autoridade de um líder religioso vinha do seu caráter e não da sua posição. Hus insistia que o povo deveria viver em total dependência de Deus, numa vida simples e consagrada ao trabalho.
Quando soube a oposição dos clérigos John Hus foi espontaneamente até ao concílio se explicar tudo que ele queria era expor para os clérigos a descoberta que havia feito, com o estudo sério e dedicado, acerca da Palavra, mostrar que o que estava ensinando era apenas o que a Bíblia ensinava de maneira simples e pura. John Hus contava que eles iriam entender, mas o clérigo não se importava com o que a Bíblia diz, tudo o que e importava era tradição e o poder que eles detinham sobre o povo. Para o imperador usar os conhecimentos sabiamente significa manter a sua posição de conforto, ou seja, manter o bom relacionamento com a igreja. O mais estarrecedor é que o concílio se achava no direito de condenar alguém ao inferno, quando este tem a coragem de se posicionar contra as arbitrariedades cometidas pela igreja
Um homem corajoso, motivado pela dedicação e fé em Jesus, mesmo diante de perseguições, das injustiças, da omissão do imperador em cumprir o que prometeu, da indiferença do cardeal que nem ao menos se deus a trabalho de ler o seu material, sendo acusado, preso e condenado à morte na fogueira, ele em nenhum momento recuou das suas convicções em face das ameaças que recebeu.
Hus enfrentou o poder corrupto dentro de sua própria igreja e não  temeu. Seu único temor era reservado àquele que é Senhor da Igreja e da História. Ao constatarmos isso podemos perceber quão omissos somos nós hoje! Diante de corrupção, da violência e injustiça que verificamos em nossos dias, a coragem e audácia de John Hus não deveria nos mover em favor do reino de Deus?
Deus sempre levanta homens simples que sonham em ver a verdade de Deus como luz e guia dos homens. Muitos jovens, homens e mulheres de hoje buscam realizar seu sonho pessoal ou projeto de vida, mas poucos estão dispostos a abraçar o projeto de Deus e lutar contra o erro e o engano.

Uma das falas do filme que chamou em muito a minha atenção

“... - as vezes me preocupa se você percebe o perigo que existe diante de você  continuar atacando a corrupção na igreja.
- Eu não corro mais perigo do que você meu amigo, eu amo a igreja, mas onde que diz nas escrituras que alguém pode comprar sua entrada no céu? O que há de errado em que mais entendam o Evangelho de Deus ouvindo em sua própria língua? Nosso Senhor Jesus Cristo disse aos apóstolos para ir e espalhar a Palavra a todos os povos estou tentando fazer exatamente isso.”

JOHN HUS SE TORNOU UM MÁRTIR POR DEFENDER A VERDADE!!!