FRASES QUE MARCAM

“Assim como as paixões, violentas ou não, jamais devem ser expressas de forma a produzir asco, a música ainda que nas situações mais terríveis, nunca deve ofender o ouvido, mas agradar; continuar a ser música enfim” (Wolfgang Amadeus Mozart).

quinta-feira, 12 de abril de 2012

DEFENDENDO A FÉ BÍBLICA EM MEIO AO DESAFIO DA RELATIVIZAÇÃO



Em meio a uma cultura de relativização, onde tudo é relativo, e cada um defende sua “verdade”, fazer apologética é essencial na vida de todos os cristãos verdadeiros, pois somos desafiados a provar a nossa fé constantemente. Devemos responder com sabedoria e com mansidão, mas com firmeza também sobre a razão da esperança que há em nós (I Pe 3:15) aos que nos inquirem. Essa firmeza refere-se à credibilidade do argumento utilizado. Se não demonstrarmos firmeza e consistência em nossas argumentações, nossos oponentes não se darão conta de quão absurdas são as ideias que defendem.
É urgente a necessidade de nos levantarmos e lutarmos no combate aos os desvios doutrinários que vem ocorrendo em muitas comunidades que se dizem servas do Deus altíssimo, mas, no entanto desautorizam a Palavra Revelada, propagando um “Evangelho ao gosto do freguês” como bem trabalhou o Pr. Renato Vargens em seu livro com esse título. 
 Nesse crítico contexto faz-se necessário:

1. Defender a fé através da pregação

A pregação deve ser fundamentada na Bíblia que é a Palavra de Deus viva e eficaz (Hb. 4.12), e deve denunciar o pecado e anunciar a salvação somente em Jesus Cristo. A ausência disto tem gerado muitas heresias dentro das igrejas, a exemplo da maléfica teologia da prosperidade. Martin Lutero nos adverte quando diz: “Qualquer ensinamento que não se enquadre nas Escrituras deve ser rejeitado, mesmo que faça chover milagres todos os dias”. Sejamos como os crentes de Beréia (Atos 14.10-11) que examinavam as Escrituras quando Paulo e Silas pregavam.
A Igreja precisa de uma nova reforma. Precisa voltar às Escrituras. Antes de mostrar ao mundo o caminho a seguir, a Igreja precisa reencontrar o seu. Precisamos de pregadores, comprometidos com Deus e com sua Palavra, que clamem como o profeta Habacuque “Aviva Senhor a tua obra”.  Precisamos e devemos rejeitar o modernismo teológico, que deturpa a Palavra de Deus colocando-a a serviço de interesses próprios.

2.  Defender a fé através da música

O que dizer das músicas cantadas nas igrejas atualmente. Raramente ouvimos músicas que revelem a grandeza de Deus e sua essência, que mostrem a condição pecaminosa do homem e da sua necessidade de arrependimento, que falem do sacrifício de Jesus na cruz e do grande amor de Deus a humanidade, que mostrem que somente através desse sacrifício o homem pode ser perdoado e alcançar a vida eterna; dificilmente ouvimos musicas que mostre a necessidade de viver uma vida santa e de obediência aos princípios de Deus.
Vivemos cercados por uma grande variedade de músicas e muitas vezes nem sequer paramos para analisar se todas elas servem ao objetivo maior, o de unicamente glorificar a Deus. Para que a música na igreja cumpra o seu papel principal, ela precisa antes de tudo, ser dada pelo próprio Deus (Tg 1:17). Isso nos dará condição de perceber o grande contraste que há entre a música dada por Deus, para glória do seu nome, e a que só engrandece o homem, falando apenas das vitórias que se pode alcançar. Sejamos mais críticos e seletos naquilo que estamos ouvindo e glorifiquemos a Deus através da música.

3. Defender a fé através da oração

A oração é fruto do reconhecimento das nossas limitações e da necessidade que temos de Deus; porém, não é assim que alguns a têm considerado, temos visto pessoas, formadores de opinião até, que quando ora, reivindica, exige que Deus realize os seus desejos e até ousam discordar de Deus dizendo que não aceitam o que lhes está acontecendo; ouvimos constantemente: Eu não aceito a derrota! Eu sou filho do rei, não mereço isso! Eu determino, eu decreto
A Bíblia nos ensina o oposto dessa atitude, o próprio Jesus, antes de ser entregue, estava muito angustiado, pois sabia do sofrimento que enfrentaria, Ele, porém, orou assim: Pai, se possível, passa de mim esse cálice, todavia, não se faça a minha vontade, mas a tua (Lc 22.40-42). Jesus, que é o Filho de Deus, em sua grande angústia, pediu com humildade, colocando em primeiro lugar a vontade do Pai.  Nós, como criaturas (Is. 29.16),  que só estamos aqui pela misericórdia de Deus, precisamos aprender a orar como Jesus, para entender qual é a vontade de Deus Pai para nossas vidas e para que a nossa fé não seja vã, pois “Ai daquele que contende com o seu Criador!” (Is. 45.9).
Nossa oração deve exaltar a Deus. Jesus nos diz: Pelas suas palavras serás justificado, pelas suas palavras serás condenado (Mt. 12.37), Ele nos ensina a exercitar a fé com humildade; que devemos pedir, crendo, que pela fé, o Pai nos ouvirá.  Aqueles que passam a determinar, ordenar ou exigem de Deus alguma coisa, abandonaram a fé e, “sem fé é impossível agradar a Deus” (Hb 11.6).

4. Defender a fé através da vida prática.

De nada adianta pregarmos a Bíblia, ouvirmos músicas sadias e orarmos exaltando a Deus se nosso testemunho, nossa vida prática não condiz com o que pregamos. Precisamos viver uma vida santa na presença de Deus, evitando os escândalos, que infelizmente tem sido tão frequente em nossos dias, para que a sociedade perceba a mudança que Deus fez em nossa vida. Nossa pregação deve ser, antes de tudo, através da nossa vida, da nossa conduta diante da sociedade para que ao olharem para nós sinta o desejo de conhecer o Deus a quem servimos.
                Sobre isso São Francisco de Assis disse: “Pregue sempre o Evangelho, se necessário use palavras”, ou seja, vivamos o evangelho, sejamos o evangelho, e se mesmo assim os que nos rodeiam não sentirem o evangelho em nós, então que usemos palavras. Viver o evangelho é renunciar, passar por momentos bons e ruins, provações das mais diversas, se sacrificar, e mesmo assim ser extremamente feliz com o que vive (Pv. 30.1-7), pois é real a certeza de que tudo acontece para glória de Deus e para nosso crescimento, a exemplo do que disse o apóstolo Paulo: “porque já aprendi a contentar-me com as circunstâncias em que me encontro” (Fp 4. 11-13).
Que Deus no dê graça na defesa da nossa fé e que sejamos o exemplo de cristãos verdadeiros e assim, nossa fé seja refletida através de nossas atitudes perante a sociedade, levando-a reconhecer a Deus como ele o é.

Umbelina Rodrigues de Sousa

Obs. Material produzido para ser publicado no boletim da igreja.