FRASES QUE MARCAM

“Assim como as paixões, violentas ou não, jamais devem ser expressas de forma a produzir asco, a música ainda que nas situações mais terríveis, nunca deve ofender o ouvido, mas agradar; continuar a ser música enfim” (Wolfgang Amadeus Mozart).

sábado, 7 de fevereiro de 2015

O PERDÃO E O CASTIGO DE DEUS

TEXTO BÍBLICO: SALMO 99.6-9


INTRODUÇÃO

 Este salmo pode ser chamado de O SANTÍSSIMO, ou seja, O SALMO SANTO, SANTO, SANTO, pois a palavra "santo" é a conclusão e o refrão de suas três divisões principais. Seu assunto é a santidade do governo divino, a santidade do reinado do Mediador.
 Declara a santidade do próprio Jeová em Sl 99.1-3; descreve o  próprio Senhor como sendo o rei, em Sl 99.4-5,  e, apresenta o caráter severamente justo dos tratos de Deus com aquelas pessoas favorecidas que em tempos anteriores ele havia escolhido para se aproximarem dele em favor do povo, Sl 99.6-9.
 É um hino que bem serve aos santos que habitam em Sião, a cidade santa, e especialmente digno de ser cantado reverentemente por todos que, como Davi o rei, Moisés o portador da lei, Aarão o sacerdote, ou Samuel o vidente, têm a honra de liderar a igreja de Deus, e implorar por ela junto ao Senhor dela.
        Moises, Arão e Samuel não são mencionados como privilegiados, mas como típicos daqueles entre os quais eles serviam. O salmo os usa para exemplificar a caminhada da pessoa com Deus, que se constitui em:

1. Orar e receber repostas (V. 6)

A principal marca do povo de Deus é o seu relacionamento com Ele por meio da oração. Moises Arão e Samuel são figuras notáveis que, deram bom exemplo, ao invocar o nome de Deus. Para eles Deus era suficiente.
Moises, Arão e Samuel sempre obtiveram atenção de Deus e isso foi universalizado. Moises invocou o nome do Senhor (Ex. 32.11,32), assim como Arão (Nm. 16.22) e Samuel (I Sm 7.9; 12.18), e Deus respondeu a todos eles.
Esses homens são apresentados como exemplo encorajador de orações respondidas e revelações concedidas.
E Deus respondeu a todo o seu povo, mais cedo ou mais tarde, de uma maneira ou de outra, o que não é um pequeno encorajamento para todos os crentes orarem a Ele (John Gill).

2. Ouvir e obedecer (v 7).

         O povo do Senhor vive pela verdade sobrenatural, a Palavra de Deus. Moises Arão e Samuel são apontados como exemplo de obediência a lei que Deus havia dado a Israel, referida aqui, pelas palavras “mandamento” e “lei”.
        Essa dádiva da lei foi dada foi também um ato providencial de Deus aos homens de todos os lugares. Mais tarde a graça divina substituiria a lei, que também seria universal em sua aplicação.

3.  Receber o perdão e o castigo de Deus (v 8).

           Mesmo sendo obediente, vemos aqui que esses homens tinham “fraquezas humanas como as nossas” (Tg. 5.17).
           Deus respondeu ao povo de Israel quando ele o invocou em oração. Ele também perdoou quando errou, pois até os heróis da fé erraram, pois eles eram apenas homens, sujeito a pecados de comissão e de omissão. Mas esses pecados e fracassos não cessaram a providencia de Deus, nem naqueles dias (Nm. 14.17-24), nem agora.
            Arão e Moises pecaram (Ex. 32.35; Nm. 20.12; Dt. 2.23-27; 9.20). Não há registros de erro de Samuel, mas esse silêncio não significa que ele não errou. Assim, eles tiveram de sofrer seus castigos, pois a lei da semeadura é universal e não admite exceções. Esses castigos tinham por finalidade curar e não meramente cobrar um pagamento ou executar uma vingança. O senhor castigava, mas não consumia, prova da bondade de Deus com seu povo.
A vingança de Deus por pecado não evita que ele perdoe o pecado; o fato de Deus perdoar o pecado não evita de ele se vingar pelo pecado (Stephen Bridge). Nossos erros e lapsos trágicos podem ser perdoados, porém não desfeitos (Nm. 20.12)
Nota-se a distinção entre o sanar dos relacionamentos (fostes para eles Deus perdoador), e o castigo das ações (tomando vingança dos seus feitos). Devemos esperar pelos atos castigadores de Deus, mas também podemos depender do seu amor constante, em todas as situações. O julgamento divino é um dedo da amorosa mão de Deus. O desprazer de Deus em nosso pecados é paternal e não caprichoso e egoísta.
Deus aplica perdão, mas aplica castigo severo, porque perdão sem castigo nos faria complacentes, e castigo sem perdão nos levaria ao desespero. Perdão sem disciplina nos transformaria em crianças mimadas; disciplina sem perdão partiria o nosso coração. 
Juntos os dois garantem que, embora possamos considerar o perdão como certo, não podemos jamais tratar o pecado como algo sem importância. A lição negativa reforça a positiva, e é dupla: nem se deve desesperar da misericórdia de Deus, nem abusar dela.

4. Louvar a Deus pelo perdão e pelo castigo (v 9)

        A frase que forma o lema do Salmo: ele é santo (3, 5) agora se expande e recebe calor dizendo: por que santo é o Senhor nosso Deus! A majestade não foi diminuída, mas agora a ultima palavra revela a intimidade. 
       Deus não se envergonha de ser chamado nosso; temos justas e merecidas razões para adorá-lo, pois Ele nos perdoa e nos justifica pelo sangue de Cristo e "o Senhor corrige o que ama, e açoita a qualquer que recebe por filho. Se suportais a correção, Deus vos trata como filhos; porque, que filho há a quem o pai não corrija?" (Hb 12.6-7)


Umbelina Rodrigues

Um comentário:

  1. Estou a tentar visitar todos os seguidores do Peregrino E Servo, e verifiquei que eu estava a seguir sem foto, por motivo de uma acção do google, tive de voltar a seguir, com outra foto. Aproveito para deixar um fraterno abraço.
    António Jesus Batalha.

    ResponderExcluir