“O que desvia os ouvidos de ouvir a lei,
até a sua oração será abominável"
(Provérbios 28:9).
“O sacrifício dos ímpios é abominável ao
SENHOR, mas a oração dos retos é o seu contentamento” (Provérbios 15.8)
INTRODUÇÃO
Deus quer que seus filhos orem. A Bíblia nos ensina a orar sem
cessar e a ser perseverantes na oração (1 Tessalonicenses 5:17; Romanos 12:12).
Jesus disse que os homens devem"orar sempre e nunca
esmorecer" (Lucas
18:1), e como seu discípulos devemos obedecer.
Contudo, a oração de alguém pode ser abominável aos olhos do
Senhor e isso acontece quando a pessoa "desvia
os ouvidos de ouvir a lei".
Como
uma pessoa pode desviar seus ouvidos de ouvir a lei?
Por
escolher ser ignorante. Pedro
falou sobre alguns escarnecedores que deliberadamente esqueceram dos fatos da
palavra de Deus (2 Pedro 3:5). Algumas pessoas preferem as trevas do que a luz.
O pior tipo de ignorância é a ignorância voluntária!
Pela
negligência. Alguns
desviam os ouvidos de ouvir a lei por negligência. São descuidados e não
atenciosos no estudo das Escrituras. Eles deixam de cumprir alguns deveres por
causa da negligência. Por que Deus ouviria a oração de alguém que negligencia a
palavra dele?
Por
desobediência proposital. Quando
Jeová apelou aos israelitas para que andassem pelas veredas antigas, a resposta
deles foi: "Não
andaremos" (Jeremias
6:16).
Eles
foram avisados sobre sua rejeição intencional da palavra de Deus: "Ouve tu, ó terra! Eis que
eu trarei mal sobre este povo, o próprio fruto dos seus pensamentos; porque não
estão atentos às minhas palavras e rejeitam a minha lei" (Jeremias 6:19).
Desviar
seus ouvidos de ouvir a lei implica em:
1.
DESVIO DOS OUVIDOS DE DEUS À NOSSA ORAÇÃO
Quando um homem desvia seus olhos de ouvir a lei de Deus, Deus
desvia seus ouvidos de ouvir a oração do homem! Deus se recusa ouvir aquele que se
recusa ouvir a Deus! Uma oração poderia ser perfeita e muito eloquência, mas
ainda ser ofensiva a Deus. "Deus olha mais para a conduta da vida do que
para a linguagem da oração. Ele não aceita reverência no templo quando vê
maldade na praça" (W. F. Adeney).
Nada impede mais a oração do que o pecado. Quando o pecado está à
porta, a passagem é interditada. Assim disse o salmista: "Se
eu no coração contemplara a vaidade, o Senhor não me teria ouvido" (Salmo 66:18).
Você não pode agarrar o pecado com uma mão e buscar a ajuda divina
com a outra. Oração implica submissão. Rejeição à lei de Deus é insubmissão.
2.
LOUVOR ABOMINÁVEL
Isaías falou ao povo de sua época, um povo totalmente doente, que Deus
foi ofendido pelo louvor deles. Deus olhou para a sua decadência espiritual e
disse: "Não continueis
a trazer ofertas vãs; o incenso é para mim abominação, e também as Festas da
Lua Nova, os sábados, e a convocação das congregações; não posso suportar iniquidade associada ao ajuntamento solene. As vossas Festas da Lua Nova e as
vossas solenidades, a minha alma as aborrece; já me são pesadas; estou cansado
de as sofrer. Pelo que, quando estendeis as mãos, escondo de vós os olhos; sim,
quando multiplicais as vossas orações, não as ouço, porque as vossas mãos estão
cheias de sangue" (Isaías
1:13-15).
Quando o rei Saul desobedeceu a Deus, o profeta Samuel lhe disse: "Tem, porventura, o Senhor
tanto prazer em holocaustos e sacrifícios quanto em que se obedeça à sua
palavra? Eis que o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender, melhor
do que a gordura de carneiros" (1
Samuel 15:22). A obediência dá credibilidade ao nosso louvor.
CONCLUSÃO
A oração é o canal de
comunicação entre Deus e os seus filhos, "e retrata muito mais do que a posição de um mendigo à porta de um homem rico".
Oramos, não para informar a Deus sobre nossas necessidades, pois ele já as
conhece todas, ele sabe até o que vamos falar (Salmo 139.2); oramos para
conhecer mais de Deus, para cultivarmos intimidade com o nosso Pai, assim como
conversamos intimamente com o nosso melhor amigo.
Muitos tem entendido oração erradamente, pois,
temos visto pessoas, que quando oram, reivindicam, exigem que Deus realize os
seus desejos e até ousam discordar de Deus, dizendo que não aceitam o que lhes
está acontecendo; ouvimos constantemente: Eu não
aceito a derrota! Eu sou filho do rei, não mereço isso! Eu determino, eu
decreto. Segundo McAlister “poucas coisas podem
minar na essência o Cristianismo mais do que práticas e conceitos deturpados
sobre a oração”.
Oramos reconhecendo nossa
limitação e nossa total dependência de Deus. Foster
(1983, p. 47,48) ensina que: A oração
verdadeira cria e transforma a vida [...] na oração sincera começamos a
pensar os pensamentos de Deus à sua maneira, desejamos as coisas que Ele
deseja, amamos as coisas que ele ama. Progressivamente, aprendemos a ver as
coisas na perspectiva divina.
O propósito
da oração e do chamado de Deus não é fazer de você o número um aos olhos do
mundo, mas fazer de Deus o número um em sua vida. [...] Ninguém consegue
simplesmente reconhecer o chamado sem se aproximar de Deus em oração
(Zacharias, 2009, p. 70).
Oração é o espírito falando a
verdade para A Verdade.
(Philip James
Balley, poeta inglês do século 19)
Umbelina Rodrigues de Sousa
- uma serva em construção -